Em comemoração ao Dia do Aposentado, a Real Grandeza promoveu a oficina “Corpo, Arte e Memória – uma Porta para a Alegria”, no dia 29 de janeiro, com a professora da Universidade Aberta da Terceira Idade, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, (UnATI/UERJ), Cristie Campello. O evento faz parte do Programa de Integração ao Assistido (PIA) e contou com a presença do Diretor-Ouvidor, Horácio de Oliveira, e da coordenadora de Responsabilidade Socioambiental, Raquel Castelpoggi.
Partindo de uma experiência com idosos através da oficina de Psicomotrocidade, Cinema e Memória, realizada na UnATI há 21 anos, Cristie Campello falou sobre a importância da psicomotricidade para o corpo humano e do cinema como um importante instrumento de trabalho para estimular a criatividade e a memória dos alunos da terceira idade.
A psicomotricidade é uma ciência terapêutica, cujo objeto de estudo é o corpo. Na oficina, Campello exibe cenas de filmes antigos que estimulam a memória afetiva dos idosos, evocando experiências do passado e cenas de vida. A partir das aulas, os alunos descobriram a força dos seus corpos, desenvolvendo a coordenação motora através de movimentos e expressões e passaram a incorporar personagens, como Liza Minnelli e Carlitos, após a exibição dos filmes.
Para a professora, o palco é clínico, mas a oficina não é performática, O mais importante é valorizar a imagem corporal dos participantes e ajudar os alunos a superar suas dores, perdas ao longo da vida, passando do estado improdutivo para um envelhecimento ativo. Dentre os benefícios da prática, Cristie destaca a qualidade de vida, a socialização, a melhora da autoestima e vitalidade. “Empoderamento, vida e potência definem a oficina", afirma Campello, especialista em geriatria e gerontologia, psicomotricista e mestre e doutora em Memória Social.
Ao fim do evento, o público foi surpreendido com a apresentação da aluna da oficina, Tiana Simplício, interpretando Liza Minnelli. Após a aposentadoria, Tiana resolveu dar um novo sentido a sua vida e descobriu a oficina por acaso e está lá até hoje. “No começo tive medo, mas fui muito bem recebida pela turma e aprendi que ser velho é saber se cuidar”, afirma a aluna de 86 anos. Hoje a oficina é uma das mais concorridas da UnATI e conta com 60 alunos.
(7/02/2020)