Em apoio à campanha Outubro Rosa, a Real Grandeza promoveu dia 30 de outubro, no auditório do G2, a palestra "Mitos e Tabus sobre o Câncer de Mama", com a Dra Maria Júlia Gregorio Calas, recém eleita Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia para 2020.
O evento foi uma parceria do Programa de Responsabilidade Socioambiental com as Gerências de Saúde e Recursos Humanos.
Raquel Castelpoggi (RSA), Priscila Moura (GOS) e Adriana Penha (GRH) abriram o evento falando sobre a importância do tema e apresentando a palestrante convidada. Dra Maria Julia é ginecologista, mastologista e radiologista e ajudou, esta tarde, a esclarecer diversas dúvidas dos participantes e desmistificar inúmeras crenças equivocadas sobre a doença.
O câncer de mama, hoje, é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o primeiro entre as mulheres. Uma em cada oito mulheres pode desenvolvê-lo até os 70 anos de idade. Ele também pode ocorrer nos homens, mas é mais raro. Apenas 1% das incidências dos cânceres de mama acomete homens e, em geral, acima dos 70 anos de idade. Ou seja, ser mulher já representa um fator de risco para o surgimento do câncer de mama. Soma-se a isso a obesidade e o sedentarismo.
Hoje em dia, entretanto, o número de sobreviventes é muito maior do que a taxa de mortalidade, principalmente se o câncer for detectado em sua fase inicial. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura.
E como se detecta o câncer de mama? Maria Júlia explicou os principais exames de rastreio: a mamografia (feita anualmente a partir dos 40 anos) e o exame clínico. A mamografia é muito eficiente em diagnosticar o tumor inicial, quando a lesão ainda não é palpável pelo exame clínico. "Mas também é importante que a mulher faça o auto exame todo mês", recomenda a médica.
A ultrassonografia é outro método de diagnóstico da doença. O ultrassom não tem radiação, faz uma varredura de mamas e axilas, mas apenas complementa a mamografia, não mostra todas as lesões que a mamografia é capaz de enxergar.
Fora do espectro de rastreio há também o exame de ressonância, onde é necessário o uso de contraste, e serve para avaliar melhor a extensão da doença, quando já se sabe da existência dela.
Maria Julia rebateu os principais mitos da mamografia e desmentiu algumas crenças que atribuem a fatores externos o desencadeamento da alteração celular. Também explicou a classificação Bi-rads e reforçou o quanto os hábitos saudáveis de vida podem contribuir para diminuir o risco da doença.
Ao final do evento, a plateia, de rosa, participou da tradicional foto em apoio à Campanha Outubro Rosa FRG.