Ambiente instável em razão da Pandemia e inadimplência elevada aumentam o risco de crédito das carteiras, tornando a medida inviável
A Real Grandeza estudou a possibilidade, em caráter extraordinário, de suspender o pagamento das mensalidades do Empréstimo FRG, como parte do conjunto de iniciativas tomadas para minimizar o impacto da crise do novo coronavírus na vida de participantes e assistidos.
Como as operações de empréstimo fazem parte das carteiras de investimentos, estando submetidas, assim como os demais ativos das carteiras, a normas e procedimentos definidos pela legislação, em particular a Resolução CMN 4.661/18, que dispõe sobre as diretrizes de aplicação dos recursos garantidores dos planos administrados pelas entidades fechadas de previdência complementar, a matéria foi objeto de avaliação da equipe de investimentos e do Comitê de Investimentos da Real Grandeza (Cirg).
A decisão contrária à suspensão das mensalidades dos empréstimos considerou vários fatores. Pesou na análise da matéria o significativo grau de incerteza econômica em meio à pandemia, que traz um cenário de elevação de risco, difícil de ser mensurado nesse momento. Mas o fator determinante para a decisão foi a inadimplência, que apresentou forte elevação no ano passado, ficando acima da média dos consignados, modalidade com grau de comparação adequada. A medida beneficiaria menos de 27% dos participantes, sendo que um possível aumento de inadimplência prejudicaria a todos.
Cabe observar que medidas adicionais de redução dos níveis de inadimplência estão sendo colocadas em prática.
Alguns fundos de pensão suspenderam temporariamente o pagamento de empréstimos, mas é preciso levar em conta as particularidades e a situação da carteira de cada entidade. Por outro lado, cabe lembrar que tal prática resulta em alongamento de prazos, aumento do saldo devedor e comprometimento de renda futura do tomador.
Ciosa de suas responsabilidades e das obrigações que têm com o conjunto de seus participantes e assistidos, a Real Grandeza optou por adotar outras medidas emergenciais – como a antecipação do abono anual em abril, que é bastante representativo no tocante à renda e também abrange um maior número de participantes; e a manutenção do atendimento de urgência e emergência para quem estava com mensalidades do plano de saúde em atraso por período superior a 60 dias e menor que 90 dias – em vez de ampliar o risco de crédito de sua carteira de empréstimos, cujas taxas, inclusive, estão entre as mais baixas praticadas pelos fundos de pensão e muito abaixo daquelas aplicadas nos empréstimos consignados.
Empréstimo com assinatura eletrônica já está disponível
Adicionalmente, a Fundação investiu seus esforços em novas tecnologias para a reabertura dos empréstimos, por meio de assinatura eletrônica em portal de entidade certificadora, garantindo assim a concessão segura e rápida de crédito.
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