Patrícia Mendonça de Nóvoa, a nova gerente de Recursos Humanos, é a entrevistada do mês no site da FRG. Graduada em psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com especializações em Psicologia do Trabalho (UFRJ) e MBA em Gestão em Plano de Saúde (Universidade Anhanguera), Patrícia Mendonça de Nóvoa acumula mais de 30 anos de experiência profissional na área de RH — com passagem pela Caixa de Previdência e Assistência dos Servidores da Fundação Nacional de Saúde (CAPESESP), no Rio de Janeiro —atuando no desenvolvimento e alinhamento das políticas estratégicas corporativas, com foco na cultura organizacional; recrutamento e seleção; política de benefícios; cargos e salários; programa de bem-estar à saúde e de valorização do ser humano por treinamentos em EaD (Educação à Distância). Patrícia também é membro do Comitê de Gestão de Pessoas da Associação das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), nos períodos de outubro de 2014 a junho de 2023; e de novembro de 2024 até o momento atual.
A seguir, confira o bate-papo com a nova gestora.
FRG:Como é que você vê hoje a gestão de pessoas nas organizações? Quais são as prioridades da área, sobretudo em empresas de médio porte?
Patrícia de Nóvoa: A gestão de pessoas não é responsabilidade exclusiva da área de Recursos Humanos, devendo ser incorporada como uma prática que permeia todos os gestores da organização. É essencial que cada líder compreenda e participe ativamente na administração da sua equipe (por exemplo, gestão de ponto, férias e avaliação de desempenho), tudo em prol do fortalecimento da cultura organizacional e do engajamento.
Quanto às prioridades do RH, percebo que os processos na Real Grandeza estão bem desenhados. Contudo, ainda estou na fase inicial de diagnóstico, analisando normativos, conhecendo as pessoas e mapeando demandas. Iremos propor melhorias, que sempre serão debatidas com a minha equipe.
FRG: A forma como as organizações efetuam a gestão de pessoas passa por grandes transformações em todo o mundo, principalmente no período pós-pandemia, em que a gestão integrada e estratégica se tornou fundamental. Como você analisa a evolução da área de Recursos Humanos e a atuação colaborativa entre setores de uma organização?
Patrícia de Nóvoa: Essa pergunta é muito relevante porque, de fato, o RH estratégico ganhou ainda mais importância no cenário atual. Um RH eficaz deve alinhar-se às tendências externas, analisar dados e adaptar-se rapidamente aos desafios de um mundo em constante transformação. Contudo, o mais importante é garantir resultados concretos. Dessa forma, entendo que um RH estratégico precisa atuar de forma colaborativa com outras áreas, construindo parcerias para embasar decisões e alcançar os melhores resultados. A estratégia deve estar integrada em todas as áreas da organização, considerando que a gestão de pessoas é o centro de qualquer empresa. Também destaco a necessidade de uma comunicação clara, minimizando ruídos e sempre alinhada aos valores institucionais da Entidade.
FRG: A aliança entre RH e comunicação interna é fundamental para manter os empregados bem informados sobre as diretrizes da empresa e, consequentemente, entender a parte que lhes cabe na estratégia do negócio. Quais são as ações mais desafiadoras da gestão de pessoas hoje?
Patrícia de Nóvoa: Há vários desafios e a parceria com a área de comunicação interna é fundamental. Dentre os desafios, destaco a integração de trabalhar com indicadores precisos que auxiliarão a melhoria dos processos e uma comunicação interna para incluir os diversos públicos da empresa, formados por diferentes gerações, que se encontram em vários setores da vida, principalmente no trabalho: baby boomers (nascidos entre 1943 e 1963) e as gerações X, (nascidos de 1964 a 1983), millenials (nascidos de 1984 a 1995), Z (nascido de 1984 a 1995) e Alpha (nascidos a partir de 2010).
FRG:O que a experiência na CAPESESP pode contribuir nessa nova fase da Real Grandeza?
Patrícia de Nóvoa: Eu ingressei na CAPESESP como assistente e, pouco tempo depois, assumi a função de gerente da área de RH e, em outro período, Supervisora Regional. Como Supervisora, tive a oportunidade de conhecer as patrocinadoras e interagir com os associados das diversas áreas regionais, entendendo melhor o clima organizacional. Como gestora de RH, tive a oportunidade de acompanhar o início da autogestão em saúde e coordenei a implantação do plano de cargos e salários baseado no modelo de gestão por competências.
Dois terços da minha experiência profissional foram dedicados à gestão de pessoas em entidades de previdência e saúde, como a Real Grandeza. Aqui, eu espero aplicar esse conhecimento para fortalecer o desenvolvimento organizacional através da minha experiência profissional, compartilhando conhecimentos, motivar e engajar pessoas, com a mesma dedicação que exerci na CAPESESP.
FRG: Fale um pouco sobre as principais atividades do RH da Fundação.
Patrícia de Nóvoa: Além das rotinas de departamento pessoal, como gestão de folha, benefícios, admissões, demissões e férias, realizamos atividades estratégicas como elaboração de editais para os processos seletivos; programa de sucessão; criação de políticas; parecer técnico aos membros do comitê; desenvolvimento de projetos; análise de indicadores; gestão orçamentária; estudos salariais; pesquisa de engajamento; integração de novos empregados; e acompanhamento das cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho. Também somos responsáveis pela inclusão de informações no eSocial, garantindo a conformidade com os sistemas do Governo nos aspectos fiscais, previdenciários e trabalhistas.
(5/12/2024)