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A Real Grandeza e demais entidades participam da elaboração do primeiro Guia de Mlehores Práticas de Equidade de Gênero de Raça para Entidades Fechadas de Previdência Complementar. Leia na íntegra a matéria publicada no Diário dos Fundos de Pensão do dia 13 de junho, com a participação da coordenadora de Responsabilidade Socioambiental da entidade, Raquel Castelpoggi.

Confira a matéria na sequência:

 

EQUIDADE: É ASSIM QUE SE FAZ


Diários dos Fundos de Pensão - Edição 13 de junho de 2017

Por Alexandre Sammogini


Está chegando o primeiro Guia de Melhores Práticas de Equidade de Gênero e Raça para Entidades Fechadas de Previdência Complementar. A iniciativa é do Fórum Pró-Equidade, que é um âmbito de intercâmbio de experiências e ações formado por uma dezena de entidades, entre elas, Real Grandeza, Funcef e Petros, entre outras. O projeto do novo guia vai chegar pelas mãos da Comissão Técnica Nacional (CTN) de Sustentabilidade da Abrapp.
 
A primeira fase do projeto consiste no envio de um questionário para coletar informações entre as entidades. Em seguida, os dados serão reunidos e analisados por membros do Fórum e por representantes da CTN. A expectativa é publicar o manual de boas práticas no 38º Congresso Brasileiro da Previdência Complementar Fechada,  que será realizado em outubro em São Paulo.
 
“O objetivo do novo guia é incentivar ações e informações que contribuam para reduzir as desigualdades de gênero e de raça em todo o segmento de entidades fechadas”, comenta Raquel Castelpoggi, Coordenadora do Fórum de Equidade de Gênero e Raça das entidades e Coordenadora da CTN de Sustentabilidade da Abrapp. Ela é também responsável pelo programa de responsabilidade sócio-ambiental da Real Grandeza.
 
A representante explica que as práticas de equidade fazem parte dos princípios ASG (Ambientais, Sociais e de Governança), mais especificamente os do “S”, que se referem aos critérios sociais. Em outras palavras, esse trabalho tem o objetivo de promover maior equidade entre homens, mulheres e pessoas de todas as origens étnicas dentro do ambiente corporativo.
 
O setor de previdência fechada tem avançado a passos largos na exigência de adoção de critérios ASG nas empresas investidas nos últimos anos. Além do avanço nos aspectos ambiental e de governança, Raquel ressalta a importância de ganhar terreno também em relação aos princípios sociais de equidade, como por exemplo o empoderamento das mulheres. “Se queremos cobrar ações das empresas investidas, nós também temos que praticá-las em nossas entidades”, diz Raquel.

 
Prêmio da ONU – A Real Grandeza é uma das pioneiras na adoção de práticas de equidade no setor. A entidade criou um programa específico para tratar do tema em 2009 e, desde então, tem instituído ações como a licença maternidade de 180 dias e paternidade, de 10 dias – acima do mínimo exigido pela legislação trabalhista. Mais recentemente, implantou uma sala de apoio à amamentação que funciona dentro da fundação. Com isso, a Real Grandeza tem obtido e renovado o Selo Pró-Equidade do Governo Federal desde 2010. A certificação é um programa realizado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM).
 
O principal reconhecimento veio no ano passado, com a seleção para a fase final do prêmio WEP Brasil. O prêmio tem reconhecimento da ONU e está direcionado para as corporações que promovem ações para o empoderamento de mulheres (em inglês, Women Empowerment Principles). Além de ser finalista, a Real Grandeza acabou com o troféu de bronze (terceira posição) na categoria de grande porte, tendo concorrido no meio de grandes empresas. “Foi uma surpresa muito grande, ficamos muito emocionados em receber o prêmio mesmo concorrendo com grandes organizações”, diz Raquel.

 
 
Responsabilidade compartilhada – A Funcef tem realizado uma série de ações que também levou a entidade a conquistar o Selo Pró-Equidade do Governo Federal. A licença maternidade de 6 meses é um exemplo de prática que vai nessa direção. Outra mudança preparada pela fundação é o projeto de abono de horas para que tanto as mães quanto os pais possam participar das reuniões escolares dos filhos.
 
“Estamos trabalhando para possibilitar o abono de horas para que os pais e mães possam participar da reunião da escola. Com o objetivo de incentivar as responsabilidades compartilhadas, o benefício está voltado tanto para os homens quanto para as mulheres”, explica Aglaene Brandão Silva, Analista de Controles Internos e responsável pelo programa de equidade da Funcef.
 
A profissional comenta que outro projeto é promover o funcionamento permanente do comitê de equidade da Fundação que, atualmente, funciona apenas na época de preparação para o Selo.

 
Fórum de entidades – Criado em 2011, o Fórum de Equidade e Diversidade tem o objetivo de promover o intercâmbio de ações e experiências entre as entidades fechadas. A mais nova adesão ao âmbito ocorreu com a entrada da Fundação Copel no início deste ano.
 
“Montamos o comitê da equidade há cerca de dois anos e estamos nos preparando para conseguir o Selo da Secretaria de Mulheres. Por isso, sentimos a necessidade de conhecer as experiências de outras fundações”, diz Maria Elena Almada, Secretária Executiva da Diretoria da Fundação Copel. Ao procurar outras entidades, a equipe da Copel ficou sabendo dos trabalhos da CTN de Sustentabilidade da Abrapp e, em seguida, conheceu o Fórum Pró-Equidade, ao qual decidiu participar ativamente.

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 (13/06/2017)