Em comemoração ao Dia Mundial da Conscientização da Doença de Alzheimer, o Programa de Integração do Assistido (PIA) promoveu uma palestra sobre o tema, dia 24 de setembro, para assistidos, empregados de Furnas, FRG, Eletronuclear e convidados.
Terezinha Martinez, assistente social e gerontóloga, conversou com a plateia sobre a Doença de Alzheimer e os manejos no cotidiano do cuidador familiar.
A doença, descoberta em 1906, por Alois Alzheimer, já atinge hoje 553 milhões de pessoas ao redor do mundo. Terezinha comentou sobre os caros recursos farmacológicos atuais e as mais recentes descobertas hormonais, atenuantes da progressão da doença; recomendou as instituições que oferecem um trabalho sério de orientação e contou sobre o primeiro projeto de Alzheimer montado na FRG em 2016.
Para ela, tudo começa com a definição do que é, de fato, cuidar de um ser humano. “O Estatuto do Idoso diz que cabe à família o cuidado, mas não é só à família, é preciso também um envolvimento da comunidade e do estado - que não assume esse processo de maneira integral”, criticou a assistente social.
Terezinha define a doença como o “apagar das luzes”, já que os neurônios vão gradativamente apagando as memórias mais recentes. Com base nisso, elaborou e distribuiu aos participantes uma cartilha com orientações e estratégias de cuidado para enfrentar os problemas cotidianos mais comuns, gerados pelos recorrentes esquecimentos do portador de Alzheimer. E reforçou: “Quando o esquecimento chega, a solidariedade entra. À medida que a doença progride, o alcance mental da pessoa pode ficar mais restrito, devido a redução da capacidade de perceber, mas suas necessidades emocionais não mudam”.
Terezinha também esclareceu as dúvidas dos participantes e definiu o tipo de cuidado com um ser humano tão vulnerável. “É preciso mais que técnica, é preciso um olhar diferenciado de quem vai cuidar de um paciente com Alzheimer, já que há tantas variações de comportamento. É preciso encontrar na obscuridade um sinal para se ativar. Cuidar é entrar em interação permanente”, concluiu.