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FUNDOS DE PENSÃO REDUZEM DÉFICIT NO 1º TRIMESTRE

Valor Econômico - 18/5/2017

Por Juliana Schincariol

Os fundos de pensão tiveram um resultado positivo no primeiro trimestre, com alta da bolsa de mais de 7% e o bom desempenho dos títulos públicos que têm em carteira, levando a uma redução do déficit consolidado no período.

Entre janeiro e março, o resultado negativo ficou em R$ 48,4 bilhões - recuo de R$ 3,9 bilhões sobre o déficit registrado no quarto trimestre de 2016, de acordo com dados divulgados ontem pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Os ativos totais do sistema cresceram R$ 18,9 bilhões ante dezembro, chegando R$ 814,9 bilhões.

O setor teve rentabilidade entre 4% e 4,5%, resultado considerado bom tanto em relação ao CDI quanto às metas atuariais, de acordo com a sócia gestora responsável pela área de gestão estratégica de recursos de investidores institucionais na TAG Investimentos, Francisca Brasileiro, citando o desempenho dos clientes e observação do mercado. "Ajudou também o fato da inflação ter cedido bastante, o que reduz o passivo das fundações", acrescentou. No período, o Ibovespa subiu 7,9% e o CDI, 3,03%.

O desempenho de entidades como Fundação Cesp (Funcesp), das empresas elétricas do Estado de São Paulo, Previ, do Banco do Brasil, e Fundação Real Grandeza, de Furnas, ficou o acima da meta atuarial no período.

Na Previ, o Plano 1, de benefício definido, teve rentabilidade de 3,45% nos primeiros três meses do ano, ante meta atuarial de 2,22%. Com o resultado, registrou superávit de R$ 1,093 bilhão no período. O plano tem R$ 132,8 bilhões em ativos líquidos. Neste plano, os ativos de renda variável ganharam 3,74%, enquanto a renda fixa teve alta de 3,29%. No Previ Futuro, de contribuição variável, a rentabilidade foi de 4,65%, mais que o dobro da meta atuarial, também de 2,22%. O plano fechou o trimestre com R$ 9,92 bilhões em ativos líquidos. A renda variável teve ganho de 7,84%. Já a renda fixa teve alta de 3,77. Na Funcesp, os ganhos foram de 5,97% e a meta atuarial, de 2,84%. O patrimônio atual é de R$ 27 bilhões.

O plano de benefício definido da Real Grandeza teve valorização de 6,22% e praticamente zerou o déficit. A meta atuarial era de 2,39%. "O plano de benefício definido não tem perspectiva de aumentar as contribuições", disse o presidente da entidade, Sérgio Wilson Ferraz Fontes. O plano fechou 2016 com déficit de R$ 600 milhões, reduzindo o resultado negativo de R$ 1,9 bilhão de um ano antes. A rentabilidade na contribuição definida foi de 8,35%, acima da meta de 1,48%.

Apesar de não ser possível antecipar o restante do ano, a expectativa é que seja positivo. Depois de um abril "de lado", a bolsa em maio até ontem tem alta de 3,27% e o CDI, de 0,5%. No ano passado, algumas entidades recuperaram parte das perdas de 2015. Por enquanto, a carteira de títulos públicos é suficiente para garantir parte dos resultados, mas, com o vencimento, esta carteira tende a diminuir e as fundações terão que rever as alocações, disse o sócio da consultoria Aditus, Guilherme Benites. "O desafio dos fundos de pensão fica cada vez maior", afirmou.

Francisca também destaca a necessidade dos fundos de pensão aumentarem o risco. "As fundações de fato revisaram seus objetivos de alocação estratégica de longo prazo. Temos visto alguma movimentação, mas pouca coisa tem sido feita. A alocação em renda variável praticamente não mudou de 2015 para cá", disse.

(18/5/17)

Confira também a entrevista concedida pelo diretor-presidente da Real Grandeza, Sérgio Wilson Ferraz Fontes, ao jornal Valor Econômico, sobre as novas perspectivas para a Real Grandeza e os bons resultados obtidos em 2016.


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