A Real Grandeza sediou – com o apoio de sua patrocinadora Eletrobras Furnas – o 5º Seminário “A Sustentabilidade e o Papel dos Fundos de Pensão no Brasil”, que reuniu mais de 100 pessoas no Auditório do Espaço Cultural de Furnas.
O evento foi uma realização da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), que aproveitou o encontro para lançar também o 4º Relatório de Sustentabilidade dos Fundos de Pensão.
Ao dar as boas-vindas ao participantes, durante a cerimônia de abertura, o diretor-Ouvidor da Real Grandeza, Horácio de Oliveira, falou sobre a importância que a entidade atribui às ações voltadas para a responsabilidade socioambiental e que, por isso, participa com entusiasmo dos trabalhos que são realizados pelos fundos de pensão neste sentido. Ao seu lado, o diretor-Presidente da Abrapp, José Ribeiro Pena Neto, também ressaltou o compromisso em congregar esforços e oferecer instrumentos para que os Fundos de Pensão sejam socialmente responsáveis com os aspectos socioambientais de seus investimentos.
Compondo a mesa, na sessão de abertura, estavam presentes Guilherme Velloso Leão, Diretor Executivo da Abrapp; José Ribeiro Pena Neto, Diretor Presidente da Abrapp e Horácio de Oliveira, Diretor Ouvidor da Real Grandeza.
A primeira palestra abordou a questão da sustentabilidade, sob o ponto de vista da equidade de gênero e Raça, assunto que foi tratado pela secretária de Políticas do Trabalho e Autonomia Econômica das Mulheres da Presidência da República, Tatau Godinho.
Segundo ela, a ideia da sustentabilidade ambiental tornou-se cada vez mais presente nos últimos 30 anos, com a ocorrência de inúmeros desastres naturais. No entanto, ela chama atenção que “uma sustentabilidade tendo como ponto central a relação das pessoas no mundo do trabalho, não é tão presente assim e precisa ser melhor observada e trabalhada”.
De acordo com a representante da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República, o desenvolvimento social está relacionado não apenas à remuneração justa e adequação à legislação trabalhista, mas também a um ambiente adequado e inclusivo, que pense no bem estar e na saúde da trabalhadora e do trabalhador.
A Secretaria de Política para Mulheres (SPM) criou em 2005 o Programa Pró Equidade de Gênero e Raça para fomentar o desenvolvimento de novas concepções na gestão de pessoas e na cultura organizacional. A adesão é voluntária e as empresas que aderem ao Programa apresentam uma proposta de como lidar com as questões de igualdade. “Por isso os Comitês são fundamentais. Permitem que as empresas olhem para si mesmas e vejam onde há estrangulamento, onde há possibilidade de melhorar essas condições e tornar o trabalho parte do nosso projeto de vida, fazendo dele um lugar adequado para que a gente viva mais de 1/3 do nosso dia”, avaliou Tatau Godinho.
Atualmente na 5ª edição, o Programa conta com a participação de 83 organizações atingindo cerca de 1 milhão de trabalhadoras e trabalhadores. Dela participam oito Fundos de Pensão.
Também participou do Seminário o economista Joaquim Levy, CEO do Bradesco Asset Management (BRAM), que mostrou para a plateia como a questão da sustentabilidade é considerada no âmbito da análise integrada dos investimentos. Levy disse que “o objetivo do Bradesco é integrar as questões Environmental Social and Corporate Governance (ESG) à análise de Riscos e Desempenho e à decisão de investimento em todas as classes de ativos cobertas pelos nossos fundos”.
Segundo ele, a participação de toda a equipe do Bradesco Asset Management (BRAM) tem permitido avanços na integração dos critérios ambientais, sociais e de governança na gestão de carteiras, bem além do simples reconhecimento de ativos ou da sinalização de interesse para os clientes.
Na terceira palestra, o presidente da CBPAK – Embalagens Eco Sustentáveis, Claudio Rocha Bastos, falou sobre aspectos da inovação na indústria, a partir do case de sua empresa, vencedora do Prêmio FINEP 2013. Segundo o empresário, os resíduos sólidos têm sido preocupação relevante e vem afetando os conceitos de gestores e corporações em rever produtos, processos e serviços. É nesse contexto que a CBPAK se insere, com uma solução ambiental de baixo carbono. Bastos explicou que sua empresa buscou, pela inovação tecnológica, transformar – por meio de um processo de termo expansão – a fécula de mandioca em matéria-prima para a produção de embalagens compostáveis e biodegradáveis.
Com isso, os resíduos sólidos gerados pelo descarte das embalagens que produz são entregues à empresas parceiras, que realizam a compostagem e emitem laudos com indicadores ambientais.
Também durante o seminário, foram apresentados pela coordenadora da Comissão Técnica Nacional de Sustentabilidade da Abrapp, Milena Miranda, os resultados
apurados pelo 4º Relatório de Sustentabilidade dos Fundos de Pensão. O Relatório promoveu edições anteriores em 2007, 2008 e 2010. Desta edição, de 2014,
participaram da pesquisa 46 Entidades (17% das associadas da Abrapp), 6 patrocinadoras e 8 empresas investidas.
Para ter acesso ao Relatório completo, clique no link: http://sistemas.abrapp.org.br/apoio/relatorio2014/
O encontro contou também com mais uma divertida apresentação do grupo de Teatro Real em Cena – formado por empregados da Real Grandeza e aposentados da Eletrobras Furnas – que encenou a peça “Disputa pelo Cinturão da Sustentabilidade 2 – a Luta Continua”.