A Real Grandeza recebeu algumas manifestações de beneficiários em dúvida quanto ao reajuste praticado pelo Plames em fevereiro deste ano.  Em função dessas dúvidas, a Fundação volta a tratar do tema, reconhecidamente complexo no que tange à composição do percentual de reajuste praticado. 

Como é frequentemente falado no mercado, os custos da área de saúde vêm superando, e muito, os índices oficiais de inflação, apurados como base na variação de preços de uma cesta específica de produtos e serviços. A chamada inflação médica, ao contrário das taxas oficiais, é medida tanto pela elevação de preços como pelo aumento do uso dos planos (taxa de sinistralidade). O advento de novas tecnologias (de diagnóstico por imagem ou novos materiais, ou novas especialidades médicas, por exemplo) também tem forte influência na elevação dos custos.  

O Plames é um plano privado, coletivo por adesão, sem fins lucrativos e disponível apenas a participantes, assistidos e seus dependentes.  Dessa forma, os riscos são diluídos coletivamente e não individualmente.  Todos os reajustes são feitos com base em uma avaliação atuarial anual, que inclui a análise do perfil demográfico dos beneficiários e a tendência de evolução de custos, buscando definir o volume de recursos capaz de fazer frente tanto às necessidades de uso do plano como para cumprir a obrigatoriedade de constituição de fundos, reservas e provisões estabelecidas pela legislação.  

Em dezembro de 2014, foi apurado que 31,02% dos 41.126 beneficiários possuíam 59 anos ou mais naquela data. Esse grupo respondeu por 72,18% das despesas no mês considerado.  Isso significa que a massa de beneficiários da Real Grandeza é integrada, em sua maioria, por pessoas que, tradicionalmente, fazem uso mais intensivo de seus planos.  A despesa dos assistidos, somente nesta faixa etária, representou 59, 39% do total da despesa do mês de dezembro. No ano, essas despesas alcançaram 66,74% da despesa total do Plames. 

Por todas as razões apontadas - custos crescentes e sinistralidade elevada - as avaliações atuariais dos últimos anos têm demonstrado uma necessidade de reajuste muito superior ao praticado pela Real Grandeza, conforme demonstra a tabela abaixo. Essa defasagem tem sido coberta por recursos do FESP, um fundo que hoje tem a função de promover uma garantia adicional aos planos que apresentam maior defasagem entre receitas e despesas. 

Fonte: Avaliação Atuarial PLAMES 2014 - ACTUARIAL/FRG

Cabe ressaltar que o Plames possui excelentes coberturas, com uma relação custo benefício sem paralelo no mercado, conforme apurou pesquisa da consultoria AON HEWITT, contratada por Furnas para apoiar os estudos que deram origem à decisão de transferir a gestão dos planos de saúde de Furnas para a Real Grandeza. Na consulta realizada, muitas operadoras manifestaram, inclusive, desinteresse em assumir a carteira de saúde da patrocinadora, dado o perfil da massa de beneficiários, predominantemente na faixa etária dos 59 anos ou mais.  

Foram esses mesmos estudos, realizados ao longo de três anos, com ampla participação dos empregados, por meio de suas entidades representativas, que indicaram, como o melhor caminho, a migração da carteira de Furnas para a Real Grandeza.  A expectativa é a melhoria do plano, o ganho de eficiência e a otimização de recursos.

Por fim, a Real Grandeza está totalmente comprometida com a busca de alternativas que permitam manter os seus planos de saúde sustentáveis no tempo, sempre com o propósito de prestar os melhores serviços aos seus beneficiários. 

(12/06/2015)