Política de Investimentos, ALM e Alocação Estratégica
O principal objetivo da gestão dos investimentos é implementar a alocação estratégica, visando cumprir a Política de Investimentos e obter os retornos esperados no longo prazo superiores às metas definidas. Esse processo, chamado de macroalocação, é o trabalho mais importante da equipe de gestão e contribui com 80% a 90% da rentabilidade de longo prazo das carteiras.
A alocação estratégica define a distribuição dos investimentos entre as classes de ativos e é reavaliada todos os anos, servindo como a meta de longo prazo a ser seguida pela equipe de gestão.
A seguir, a tabela da Alocação Estratégica definida em Dez/20 e um gráfico com a evolução da nossa alocação de Dez/20 a Jun/21. Conforme se pode observar, a principal alteração nesse sentido foi a venda de renda fixa para compra de renda variável no Plano CD. No caso, vale ressaltar que os demais movimentos em Investimento no Exterior, Imobiliário e Multimercados (dentro de Estruturados) ainda dependem da aprovação do manual de seleção de gestores:
O principal deles é a discussão interna que busca viabilizar a Mudança do Indexador do Plano CD no ano de 2022, considerando que as exigências e prazos determinados na legislação são longos, o que dificulta a implementação ainda em 2021. Isso urge porque, caso contrário, sempre em momentos em que a variação do IGP-DI for maior do que a do IPCA, haverá um descasamento e, com isso, o risco de incorrer em perdas em relação ao indexador de reajuste do plano será maior, dada a restrição de realizar montantes expressivos de títulos com esse indexador no mercado. Atualmente, só existe um título público com esse perfil, com vencimento em 2031 e sem previsão de novas emissões desde 2006.
Além da discussão para mudança do indexador, no que diz respeito diretamente aos investimentos algumas iniciativas foram/estão sendo tomadas pela equipe de investimentos no sentido de melhorar a rentabilidade e/ou a relação retorno/risco da carteira, tais como:
(i) A política de investimentos aprovada em 2020 para o quadriênio de 2021-2025 apresentou uma revisão substancial nos limites por segmentos da Resolução CMN n° 4661/2018. A ampliação ocorreu especialmente para os limites superiores dos segmentos de Renda Variável, Estruturado (com ênfase nos Fundos de Multimercados) e Exterior;
(ii) A venda de renda fixa (caixa) para compra de ETF´s de Ibovespa para o plano CD, no sentido de atingir a alocação estratégica e obter rentabilidade próxima do benchmark proposto;
(iii) Redução da carteira própria de ações e substituição por ETF´s de Ibovespa e/ou por gestores terceirizados de ações para permitir que o foco da equipe de investimentos se concentre no trabalho de macroalocação;
(iv) Aprovação do novo manual de seleção de fundos/gestoras terceirizadas que permitirá a ampliação do escopo de atuação da equipe não só em relação a classes de ativos diferentes como também de ativos em si, que antes não estavam no radar. Adicionalmente, o manual modernizará o processo de seleção e monitoramento, conseguindo trazer práticas atualizadas de mercado sem deixar de lado a governança necessária ao segmento das EFPCs.