O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), organização sem fins lucrativos que visa promover e realizar estudos de aspectos conceituais e técnicos para implementação de práticas voltadas para a saúde suplementar, divulgou, no primeiro semestre de 2023, a variação do custo médico-hospitalar (VCMH)¹, apontando um aumento de 23% com relação aos anos anteriores. O VCMH mede a variação do custo considerando as despesas médias per capita por exposto em um período de 12 meses com relação às despesas dos doze meses anteriores. Esse cálculo é feito a partir de dados das Seguradoras de Saúde e Operadoras de planos de assistência à saúde com o custo da assistência a seus beneficiários.
Ao fazer um comparativo entre VCMH e o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) desde janeiro de 2016, observa-se a Inflação das despesas de saúde (VCMH) acima do Indicador de inflação do Brasil (IPCA), exceto no período que vai de junho de 2020 a abril de 2021. Ao longo do período analisado, o VCMH esteve, em média, 9,9 pontos percentuais acima do índice inflacionário.
O que explica a queda do VCMH em 2020, de acordo com relatório do IESS, é a pandemia de Covid-19 que levou as pessoas a postergarem procedimentos eletivos. Com a retomada dos procedimentos adiados, a partir de março de 2021, o VCMH volta a apresentar elevação acentuada.
É importante destacar que o VCMH é composto por cinco grupos de procedimentos: internações, terapias, exames complementares, consultas e outros serviços ambulatoriais (OSA). Desses grupos o que tem o maior peso são as internações, representam 62% da composição do VCMH. Já o IPCA é composto por nove grupos de despesas, desde alimentação, habitação, saúde² até as despesas pessoais.
Fonte: VCMH/IESS Variação de Custos Médico-Hospitalares, edição: outubro de 2022 (https://www.iess.org.br/vcmhiess).
² Apesar de entrarem gastos com saúde no IPCA estes apresentaram impacto pequeno no índice como um todo.
Plano de saúde sem dúvida
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