Fundamentos econômicos e desempenho de mercado
Gestão
dos investimentos
Boletim semestral elaborado pela Diretoria de Investimentos da Fundação Real Grandeza Ano VII - número 11 - fevereiro de 2018
u INÍCIO
Economia reagiu positivamente no 2º semestre de 2017

O cenário internacional ao longo de 2017 foi bastante positivo para a economia e os mercados brasileiros. A atividade econômica nos países desenvolvidos permaneceu em trajetória de recuperação. A taxa de desemprego também recuou na maioria desses países. Concomitantemente, a inflação continuou baixa e, desta forma, também as taxas de juros permaneceram em níveis compatíveis com uma política monetária estável.

 

A economia brasileira, embora não tenha apresentado uma tendência de recuperação tão nítida e consistente quanto nos países desenvolvidos, deu alguns sinais, mais notadamente no segundo semestre do ano, de que estava saindo do seu período mais crítico. A produção industrial cresceu 2,5% em 2017, após três anos consecutivos em queda: -3,0%, em 2014; -8,3%, em 2015; e -6,4% em 2016. A taxa de desemprego atingiu o seu pior nível em março (13,7%) mas a partir daí recuou, encerrando o ano em 11,8%, nível ainda muito alto, mas com tendência bem definida de recuperação.

 

A trajetória da inflação doméstica ao longo de 2017 foi de queda. O IPCA, índice nacional de preços ao consumidor amplo, apresentou variação de 2,95%, a menor variação anual desde 1998. As expectativas de inflação permaneceram bem ancoradas e o Banco Central reduziu a Taxa Selic em todas as reuniões do Comitê de Política Monetária realizadas no ano. Na última reunião de 2017, a Taxa Selic foi reduzida em 0,5 ponto percentual, para 7,00%, o nível mais baixo desde a criação do sistema de metas para a inflação em 1999.

 

Muitos foram os aspectos positivos verificados na economia brasileira ao longo de 2017, embora algumas incertezas, presentes durante quase todo o ano, não tenham sido dissipadas, tais como a sustentabilidade da dívida pública no médio e longo prazo; a indefinição quanto à Reforma da Previdência, considerada essencial para o equilíbrio fiscal; e a condução das políticas econômicas no médio prazo.

 

Neste ambiente de taxas de juros mais baixa e de melhora da confiança quanto à recuperação da atividade, o IBr-X subiu 27,5% no ano. Apesar do resultado positivo, a bolsa apresentou muita volatilidade em razão das incertezas do cenário doméstico, todas de impacto relevante para a economia e os preços dos ativos. Já os títulos públicos de longo prazo (NTN-B 2050), que no início do ano eram negociados a taxas em torno de 5,7%, encerraram 2017 em nível próximo a 5,5%, como efeito da política monetária.

 

 

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