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Inf lação continua em trajetória 
de queda
IPCA acumulado em 12 meses, até junho, atinge o menor patamar em 10 anos
n A fraca atividade econômica e a deflação dos preços dos alimentos no atacado continuam contribuindo para a desaceleração da inflação que, ao fim de 2015, chegou a bater dois dígitos (10,67%).

Para as famílias, o menor patamar inflacionário possibilita um planejamento de gastos e despesas sem sobressaltos, com preços e tarifas em patamares mais estáveis, facilitando, inclusive, a compra de um bem que requer financiamento, com taxas de juros menos onerosas.

O IPCA acumulado em doze meses, até junho, registrou variação de apenas 3%, menor patamar em 10 anos. Um dos fatores que vem motivando a continuidade da trajetória de queda da inflação é o menor preço dos alimentos, relacionado à safra recorde de produção de grãos, em conjunto com a demanda ainda fraca.

A desaceleração da inflação e a credibilidade do Banco Central, consolidada com a adoção de uma meta de inflação mais baixa para 2019 e 2020, têm contribuído para que diversos economistas adotem como premissa que a inflação encerrará o ano de 2017 ligeiramente abaixo de 3,5%.

Diante deste cenário de inflação estabilizada, o Conselho Monetário Nacional (CMN) reviu as metas de inflação fixadas em 2005. O centro da meta deixará de ser 4,5%, conforme definido naquele ano, e será reduzido e revisado em prazos menores. Neste sentido, o centro da meta foi fixado em 4,25%, para 2019, tendo sido a primeira redução em 14 anos. Também foi definido um novo índice para o ano seguinte, de 4,0%. O intervalo de tolerância foi mantido em 1,5 pontos percentuais, para mais e para menos. Conforme nota divulgada, tal medida amplia a capacidade da política monetária balizar as expectativas de inflação para prazos mais longos, o que reduz incertezas e melhora a capacidade de planejamento das famílias, empresas e governo.

Para as famílias, o menor patamar inflacionário possibilita um planejamento de gastos e despesas sem sobressaltos, com preços e tarifas em patamares mais estáveis, facilitando, inclusive, a compra de bens que requeiram financiamento, com taxas de juros menos onerosas.

 

 

 

 

 

IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, é o índice oficial de inflação do Governo Federal. Mede a inflação entre os dias 1 e 30 de cada mês, considerando os gastos das famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos. CMN – Conselho Monetário Nacional – Órgão responsável por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento do Sistema Financeiro Nacional. Integram o CMN o Ministro da Fazenda (Presidente do Conselho), o Ministro do Planejamento e o Presidente do Banco Central. Sistema de Metas de Inflação – foi adotado no Brasil em junho de 1999, como diretriz para a fixação do regime de política monetária. As metas são representadas por variações anuais de índices de preços de ampla divulgação. O índice escolhido foi o IPCA. Cabe ao Conselho Monetário Nacional fixar, para cada ano, a meta e o respectivo intervalo de tolerância. Considera-se cumprida a meta quando a variação acumulada da inflação (medida pelo IPCA), relativa ao período de janeiro a dezembro, de cada ano calendário, situar-se na faixa do seu respectivo intervalo de tolerância.
Multicanais são a nova opção para os consumidores
n As empresas de varejo estão sempre buscando inovações em seus canais de vendas para melhor atender aos anseios do consumidor.

Algumas empresas, a exemplo das que atuam no segmento de cosméticos, fazem apenas vendas diretas; outras, a grande maioria, pelo varejo tradicional, por meio de lojas físicas; há, ainda, as que apostam no e-commerce. No varejo tradicional, a forma mais conhecida, o consumidor é atraído para o ponto de venda, escolhendo seus produtos de acordo com sua necessidade. Na venda direta há um contato mais personalizado entre o consumidor e o vendedor, sem que a transação aconteça dentro de um estabelecimento comercial fixo. Outras companhias optaram por investir no atendimento via site de vendas.

Porém, atualmente, o conceito de “multicanais” está cada vez mais presente, com muitas empresas revendo suas estratégias e até o conceito, visando cada vez mais se aproximar do consumidor.

Recentemente, os varejistas perceberam que, com a venda realizada em apenas um ou dois canais deixavam de atender a determinados clientes e, por esta razão, passaram a investir na diversificação de estratégias, através dos multicanais de vendas. Citamos como exemplo, uma cliente acostumada a comprar determinado cosmético com uma revendedora, via venda direta, que percebe que seu rímel está acabando, e procura uma loja para ganhar tempo na compra. Caso não encontre a loja desejada, comprará de um concorrente e, assim, a marca de venda direta, à qual a cliente estava habituada, deixou de realizar uma venda. Isto torna o multicanal uma realidade, justamente visando que o cliente tenha todos os canais disponíveis.

Algumas varejistas de vestuário, que vendem seus produtos por sites, passaram a ter um estande físico, para que o consumidor possa experimentar roupas e fazer o pedido no próprio local, de casa ou do trabalho, já sabendo o tamanho adequado. Neste sentido, cada vez mais o varejista necessita inovar para se aproximar do consumidor, com o objetivo de diversificar os canais e atendê-lo com agilidade, se destacando perante os concorrentes. Para o consumidor, contar com multicanais de vendas passa a ser uma comodidade e uma alternativa para experimentar um produto, buscar melhores preços e observar quais empresas estão mais empenhadas em atender satisfatoriamente suas necessidades de consumo. Todavia, novamente alertamos que a crise econômica persiste e, assim, o consumidor deve continuar consciente, evitando o desperdício, o cheque especial, o excesso de compras no cartão de crédito e o acúmulo de dívidas.

A função da taxa de juros
Qual o instrumento de redução da inflação mais utilizado pelo Banco Central do Brasil? O instrumento mais utilizado para atingir a redução da inflação no Brasil é a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, seu objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando, ao contrário, o Copom diminui os juros básicos, como vem ocorrendo, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.
INFORMATIVO DE MACROECONOMIA E FINANÇAS PESSOAIS DA FUNDAÇÃO REAL GRANDEZA
Ano IV - Número 27 Maio/junho de 2017 Ano IV - Número 27 Maio/junho de 2017
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