Para as famílias, o menor patamar inflacionário possibilita um planejamento de gastos e despesas sem sobressaltos, com preços e tarifas em patamares mais estáveis, facilitando, inclusive, a compra de um bem que requer financiamento, com taxas de juros menos onerosas.
O IPCA acumulado em doze meses, até junho, registrou variação de apenas 3%, menor patamar em 10 anos. Um dos fatores que vem motivando a continuidade da trajetória de queda da inflação é o menor preço dos alimentos, relacionado à safra recorde de produção de grãos, em conjunto com a demanda ainda fraca.
A desaceleração da inflação e a credibilidade do Banco Central, consolidada com a adoção de uma meta de inflação mais baixa para 2019 e 2020, têm contribuído para que diversos economistas adotem como premissa que a inflação encerrará o ano de 2017 ligeiramente abaixo de 3,5%.
Diante deste cenário de inflação estabilizada, o Conselho Monetário Nacional (CMN) reviu as metas de inflação fixadas em 2005. O centro da meta deixará de ser 4,5%, conforme definido naquele ano, e será reduzido e revisado em prazos menores. Neste sentido, o centro da meta foi fixado em 4,25%, para 2019, tendo sido a primeira redução em 14 anos. Também foi definido um novo índice para o ano seguinte, de 4,0%. O intervalo de tolerância foi mantido em 1,5 pontos percentuais, para mais e para menos. Conforme nota divulgada, tal medida amplia a capacidade da política monetária balizar as expectativas de inflação para prazos mais longos, o que reduz incertezas e melhora a capacidade de planejamento das famílias, empresas e governo.
Para as famílias, o menor patamar inflacionário possibilita um planejamento de gastos e despesas sem sobressaltos, com preços e tarifas em patamares mais estáveis, facilitando, inclusive, a compra de bens que requeiram financiamento, com taxas de juros menos onerosas.
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Algumas empresas, a exemplo das que atuam no segmento de cosméticos, fazem apenas vendas diretas; outras, a grande maioria, pelo varejo tradicional, por meio de lojas físicas; há, ainda, as que apostam no e-commerce. No varejo tradicional, a forma mais conhecida, o consumidor é atraído para o ponto de venda, escolhendo seus produtos de acordo com sua necessidade. Na venda direta há um contato mais personalizado entre o consumidor e o vendedor, sem que a transação aconteça dentro de um estabelecimento comercial fixo. Outras companhias optaram por investir no atendimento via site de vendas.
Porém, atualmente, o conceito de “multicanais” está cada vez mais presente, com muitas empresas revendo suas estratégias e até o conceito, visando cada vez mais se aproximar do consumidor.
Recentemente, os varejistas perceberam que, com a venda realizada em apenas um ou dois canais deixavam de atender a determinados clientes e, por esta razão, passaram a investir na diversificação de estratégias, através dos multicanais de vendas. Citamos como exemplo, uma cliente acostumada a comprar determinado cosmético com uma revendedora, via venda direta, que percebe que seu rímel está acabando, e procura uma loja para ganhar tempo na compra. Caso não encontre a loja desejada, comprará de um concorrente e, assim, a marca de venda direta, à qual a cliente estava habituada, deixou de realizar uma venda. Isto torna o multicanal uma realidade, justamente visando que o cliente tenha todos os canais disponíveis.
Algumas varejistas de vestuário, que vendem seus produtos por sites, passaram a ter um estande físico, para que o consumidor possa experimentar roupas e fazer o pedido no próprio local, de casa ou do trabalho, já sabendo o tamanho adequado. Neste sentido, cada vez mais o varejista necessita inovar para se aproximar do consumidor, com o objetivo de diversificar os canais e atendê-lo com agilidade, se destacando perante os concorrentes. Para o consumidor, contar com multicanais de vendas passa a ser uma comodidade e uma alternativa para experimentar um produto, buscar melhores preços e observar quais empresas estão mais empenhadas em atender satisfatoriamente suas necessidades de consumo. Todavia, novamente alertamos que a crise econômica persiste e, assim, o consumidor deve continuar consciente, evitando o desperdício, o cheque especial, o excesso de compras no cartão de crédito e o acúmulo de dívidas.