O Risco que vem de fora n Enquanto o Brasil luta para sair da crise que há mais de dois anos se abateu sobre a sua economia, tentando aprovar e implementar reformas, o cenário político-econômico externo apresenta riscos que podem impactar de formas distintas a economia global, os preços das commodities e os mercados financeiros.

Alguns desses riscos já eram bem conhecidos e estavam sendo monitorados tanto pelo Banco Central quanto pelos investidores de mercado. Entre eles, destacamos a atual orientação das políticas econômicas dos Estados Unidos, pautada em cortes de impostos, renegociação de acordos comerciais, ampliação dos investimentos em infraestrutura e em fortes restrições à imigração.

Mais recentemente, os ataques militares à Síria e ao Afeganistão ampliaram as preocupações quanto ao aumento do risco geopolítico e seus reflexos sobre os mercados globais. Mas o que o Brasil tem que ver com tudo isso? Embora a economia brasileira seja considerada “fechada”, comparativamente a outros países, no sentido de que é menos dependente de suas exportações, não é possível desconectá-la dos eventos que ocorrem no resto do mundo. Decisões de política econômica nas grandes potências e mudanças no rumo da economia chinesa, por exemplo, podem ter reflexos tanto nos mercados financeiros nacionais, quanto sobre o nível da taxa de juros interna, como também sobre os preços dos produtos que o Brasil exporta e até mesmo sobre a inflação doméstica. Os efeitos podem ser muitos e, dependendo da sua natureza, podem até dificultar a recuperação da atividade econômica.

Quais, então, são os principais riscos externos para a economia brasileira no momento? Este assunto é, obviamente, extenso. Apenas para exemplificar, citamos a possibilidade de adoção de uma política fiscal mais expansionista nos EUA, o que poderia levar a um crescimento mais expressivo da sua economia em 2018, tendo como contrapartida uma alta mais acentuada da inflação e uma elevação mais rápida da taxa de juros americana. Teoricamente, tal evento poderia implicar elevação do dólar e menor espaço para redução da taxa de juros no Brasil.

Até o momento, no entanto, os riscos externos têm evoluído de forma favorável para o nosso país. Porém, o futuro está envolto em grandes incertezas, que soaram o alerta de que a continuidade de uma agenda de reformas será muito importante para proporcionar à economia brasileira alguma imunidade, na hipótese de deterioração do cenário internacional.

A possibilidade de adoção de uma política fiscal mais expansionista nos EUA, que poderia levar a um maior crescimento da economia americana em 2018, tendo como contrapartida uma alta mais acentuada da inflação e uma elevação mais rápida da taxa de juros americana. Teoricamente, tal evento poderia implicar em elevação do dólar e menor espaço para redução da taxa de juros no Brasil.

Política Fiscal - conjunto de medidas governamentais que orientam a arrecadação de receitas e a realização de despesas, com o propósito de atender aos objetivos do Estado, como a estabilização macroeconômica. Inclui medidas como aumento ou diminuição da carga tributária e das despesas do setor público, as quais têm impactos sobre a atividade econômica e a inflação. Meios de Pagamento – recursos disponíveis para pagamentos de bens e serviços: dinheiro em espécie, cartão de crédito e débito, boleto bancário, transferência bancária e plataformas de comércio virtual.
Seu dinheiro está seguro?

Escolher a instituição a quem você confiará o seu dinheiro e selecionar os ativos que proporcionem a segurança desejada, de acordo com seu perfil de risco, são fatores fundamentais para manter suas reservas em segurança. Isso provavelmente você já faz. No entanto, pode não ser o bastante.

É sempre bom estar atento a outros aspectos. Você já avaliou, por exemplo, como está cuidando das suas informações financeiras? Além disso, é importante prestar mais atenção à segurança das transações, ser cuidadoso com a utilização dos meios de pagamentos disponíveis e criterioso no uso das novas tecnologias. A inovação tecnológica trouxe grande comodidade para as transações financeiras, como compras on line, pagamento de boletos e realização de aplicações financeiras por meio de corretoras virtuais. A facilidade oferecida chega a ser tentadora, especialmente em um mundo em que há “falta de tempo”. No universo das transações financeiras virtuais são necessárias algumas medidas de segurança adicionais. Deixamos aqui dicas que poderão ajudar a manter seu dinheiro seguro. São elas: l evite comprar em lojas virtuais desconhecidas e prefira sempre aquelas que têm um endereço físico; antes de fornecer o número do seu cartão de crédito verifique se o site permite a transmissão segura dos seus dados; l mantenha um registro de suas transações e revise sempre os extratos de seu cartão; nunca informe sua senha em pedidos de cadastramento ou recadastramento; l não invista em ativos financeiros alternativos somente por influência da publicidade e pela grande facilidade oferecida pelas plataformas on line; invista apenas nos ativos que você conhece e sabe avaliar com clareza as variáveis que afetam o seu valor; l certifique-se de que a plataforma eletrônica que utilizará para realizar aplicações on line (ações e títulos públicos, entre outras) é administrada por instituição autorizada pelo Banco Central do Brasil e possui um bom histórico. Por fim, tenha em mente que a melhor proteção para o seu dinheiro é assumir sempre uma postura cautelosa em face aos múltiplos riscos envolvidos.
Inflação em queda
O IPCA (índice nacional de preços ao consumidor amplo) ficou em 4,57% em março (taxa acumulada em doze meses) e o mercado financeiro acredita que este índice poderá recuar para um nível em torno de 4,0% ao fim desse ano, patamar inferior à meta de inflação. A inflação está mesmo mais baixa? Como ela pode ter recuado tão rápido, de níveis tão altos (9,39% em março de 2016)? Sim, de fato a inflação desacelerou e já se encontra próxima à meta do Banco Central. Este movimento, embora tenha sido expressivo, não ocorreu de uma hora para outra. Desde o início de 2016, a inflação acumulada em doze meses vem recuando progressivamente. Este comportamento é explicado pela queda da inflação em quase todos os grupos que compõem o IPCA, notadamente, os preços de alimentos e de transportes. Portanto, a tendência seguida pela inflação reflete a fraca atividade econômica, embora a intensidade da queda tenha sido fortemente influenciada por fatores atípicos que impactaram os preços de alimentos e transportes.
INFORMATIVO DE MACROECONOMIA E FINANÇAS PESSOAIS DA FUNDAÇÃO REAL GRANDEZA
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Ano IV - Número 26 Março/abril de 2017
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