Logo no início de janeiro, o Copom decidiu reduzir a Taxa Selic de 13,75% para 13,00%. Como o mercado esperava uma redução mais suave, houve reação nos preços dos ativos. As taxas dos títulos públicos federais recuaram. Consequentemente, ocorreu valorização das carteiras de títulos pré-fixados ou indexados à inflação, e redução das taxas para novas aplicações, o que aumentou a atratividade da Bolsa. O Ibovespa disparou. No primeiro mês do ano, esse índice subiu 7,37% e prosseguiu em alta em fevereiro, chegando a superar 67 mil pontos, patamar que não era observado desde 2012. Além da queda mais expressiva da taxa de juros, contribuiu para o desempenho favorável da Bolsa no início do ano o fortalecimento da expectativa de aprovação da reforma da Previdência no Congresso. Na interpretação dos agentes de mercado, esta reforma, juntamente com a PEC (proposta de emenda constitucional) do teto para os gastos públicos, aprovada ao fim de 2016, viabilizará, a médio e longo prazos, o equilíbrio fiscal.
Na avaliação dos investidores estrangeiros, a perspectiva de que o Brasil poderá voltar a conviver com uma política fiscal mais eficaz e de que a inflação convergirá para a meta proporcionará um ambiente mais estável para a realização de negócios. Isto já começa a se refletir no fluxo de investimentos para o país. Em janeiro, os investimentos diretos de estrangeiros no Brasil foram mais que o dobro do observado no mesmo mês do ano passado. Em decorrência desse fluxo mais favorável, a cotação do dólar em relação ao real recuou mais de 4% (até 24/02/2017). Se este cenário favorável para os mercados brasileiros será mantido, só os próximos meses poderão dizer.
Salientamos que há alguns riscos importantes: a atividade ainda está estagnada no Brasil, as reformas ainda precisam ser aprovadas no Congresso e em 2018 haverá eleições presidenciais. Além disso, o cenário externo tornou-se mais imprevisível com a mudança na condução do governo nos EUA. Portanto, se você está pensando em investir no mercado acionário precisa avaliar com cautela todos esses elementos.
Salientamos que há alguns riscos importantes: a atividade ainda está estagnada no Brasil, as reformas ainda precisam ser aprovadas no Congresso e em 2018 haverá eleições presidenciais. Além disso, o cenário externo tornou-se mais incerto com a mudança na condução do governo nos EUA. Portanto, se você está pensando em investir no mercado acionário precisa avaliar com cautela todos esses elementos.