O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), organização sem fins lucrativos que visa promover e realizar estudos de aspectos conceituais e técnicos para implementação de práticas voltadas para a saúde suplementar, divulgou no último mês de abril a variação do custo médico-hospitalar (VCMH), um aumento de 27,7% para o período de 12 meses (encerrado em setembro de 2021, relativamente aos 12 meses encerrados em setembro de 2020). O que explica a queda do VCMH em 2020, de acordo com relatório do IESS, foi a pandemia de Covid-19 que levou as pessoas a postergarem procedimentos eletivos. Com a retomada dos procedimentos adiados partir de março de 2021, o VCMH volta a apresentar elevação.
O VCMH mede a variação do custo considerando as despesas médias per capita por exposto em um período de 12 meses com relação às despesas dos doze meses anteriores. Esse cálculo é feito a partir de dados das Seguradoras de Saúde e Operadoras de planos de assistência à saúde com o custo da assistência a seus beneficiários.
VCMH/IESS
IPCA/IBGE
Ao fazer um comparativo do VCMH e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), a partir de janeiro de 2016, observa-se que a Inflação das despesas de saúde está acima do Indicador de inflação do Brasil, exceto no período de junho de 2020 a abril de 2021. Ao longo do período analisado observa-se que o VCMH esteve, em média, 9 pontos percentuais acima do IPCA.
É importante destacar que o VCMH é composto por cinco grupos de procedimentos: internações, terapias, exames complementares, consultas e outros serviços ambulatoriais (OSA). Desses grupos, o que tem o maior peso são as internações, que representam 63% da composição do VCMH. Já o IPCA é composto por 9 grupos de despesas, desde a alimentação, habitação, saúde até as despesas pessoais. No último período analisado, o maior impacto na alta do IPCA foi identificado nos grupos habitação e transportes. Entretanto, percebe-se que a inflação de custos médicos (VCMH) é maior que o índice de inflação (IPCA).
Clique aqui e acesse a cartilha de uso consciente