u INÍCIO
Economia dá sinais discretos de recuperação

O cenário para a economia e os mercados em 2017 apresenta viés moderadamente positivo. No consenso de mercado, percebe-se um otimismo cauteloso em relação à economia brasileira, baseado na desaceleração da inflação em ritmo mais acentuado do que o esperado, até mesmo pelo Banco Central, e pela sinalização de que a redução dos juros ocorrerá de maneira mais rápida.

A atividade econômica já começa a dar sinais de uma discreta recuperação, o que poderá levar o PIB a encerrar o ano com pequena variação positiva, após dois anos em queda.

As estimativas do IBGE para a safra agrícola em 2017 são bem melhores que as de 2016, o que deverá implicar avanço bem mais intenso do PIB do setor. A expectativa é de que a indústria de fabricação de máquinas agrícolas seja impactada positivamente e retome a trajetória de crescimento.

Em alguns segmentos industriais, observou-se redução relevante de estoques, indicando que a queda na produção foi mais intensa que o recuo da demanda, sinalizando, também, o início de uma recuperação, com impactos na cadeia produtiva. No entanto, há certo consenso de que a concretização deste cenário está condicionada a uma evolução favorável da agenda de reformas no Congresso e à melhoria dos indicadores fiscais.

O cenário internacional, por sua vez, ainda apresenta riscos para o desempenho dos mercados, especialmente no que tange à implementação de políticas comerciais protecionistas nos EUA, o que poderia levar a um encolhimento do comércio global e ameaçar o incipiente processo de recuperação econômica brasileiro, razão pela qual 2017 ainda impõe desafios aos gestores de ativos. A recuperação da atividade econômica, mesmo que modesta, e a redução da taxa de juros, indicam um cenário favorável para a bolsa e para a valorização das carteiras já constituídas de títulos públicos. Entretanto, os riscos associados ao cenário externo ainda poderão gerar muita volatilidade neste ano.

Na Real Grandeza, a gestão dos investimentos dos planos administrados tem perfil conservador e é orientada para o cumprimento de metas de longo prazo. A maior parte da carteira dos planos está alocada em títulos públicos federais, em sintonia com as necessidades de pagamentos de benefícios atuais e futuros, segmento cujo risco é baixíssimo.

  Porém, dada a expectativa de continuidade de queda da taxa de juros, novas aplicações nesses ativos perdem atratividade, relativamente às outras modalidades de investimentos. Neste cenário, para a realização de novas aplicações, não haverá outra alternativa a não ser diversificar as carteiras, buscando segmentos de ativos que atendam às metas de rentabilidade fixadas para os planos, possivelmente tomando algum risco, mas, ainda e sempre, sem prejuízo da segurança, marca da gestão dos investimentos da Fundação.

 

 

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dos investimentos
Boletim semestral elaborado pela Diretoria de Investimentos da Fundação Real Grandeza Ano VI - número 9 - Janeiro de 2017 Perpectivas