u INÍCIO

 

Outro ano de incertezas e volatilidade

Em 2016, o cenário  dentro e fora do Brasil foi caracterizado por importantes mudanças e elevado nível de incerteza.

No plano internacional, a saída do Reino Unido da União Europeia, aprovada em referendo popular, realizado ao fim do primeiro semestre, causou apreensão, assim como a eleição de Donald Trump. Ambos os eventos provocaram volatilidade nos mercados globais, especialmente nas bolsas. No entanto, seus impactos sobre a atividade econômica global não se materializaram em 2016.

No Brasil, a economia vivenciou mais um ano de atividade muito fraca. O PIB, assim como ocorreu no biênio anterior, recuou mais de 3% em 2016. A inflação medida pelo IPCA permaneceu acima do teto da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) até novembro, e a Taxa Selic, que em 2015 alcançou o nível mais alto desde 2006 (14,25%), foi mantida nesse patamar na maior parte do ano. Nesse contexto, era natural que os agentes econômicos (consumidores e empresários) alimentassem um grande desalento em relação à economia, que caracterizou principalmente o início do ano e gerou um anseio por mudanças. No início do segundo trimestre, havia uma grande expectativa de que pudessem ocorrer mudanças na condução das políticas econômicas, que acabaram por se concretizar e levaram a uma melhora nos índices de confiança, embora a atividade econômica tenha permanecido fraca. A mudança na condução da política monetária levou a uma redução nas expectativas de inflação, que, aliada à atividade econômica fraca e à elevada taxa de juros. viabilizou a trajetória de convergência da inflação para o intervalo de tolerância da meta do CMN.

Assim, embora a inflação tenha permanecido elevada, em função da atuação do Banco Central, o IPCA seguiu uma tendência de desaceleração e encerrou o ano em 6,29%, abaixo do teto da meta de 6,5%. Esse movimento viabilizou o início do ciclo de corte da taxa Selic pelo Copom (Comitê de Política Monetária), na penúltima reunião de 2016, realizada em novembro, ocasião em que a Selic foi reduzida para 13,75%. A melhora da confiança em relação à economia, a desaceleração da inflação e a queda da taxa de juros se refletiram de forma positiva sobre os mercados, mesmo em meio a muitas incertezas quanto ao futuro da economia brasileira.

As mudanças na condução das políticas econômicas e a expectativa de melhora dos fundamentos em 2017 levaram a uma alta de 38,9% no Ibovespa e a um recuo nas taxas dos títulos públicos, gerando ganhos para os investidores que já tinham esses títulos em suas carteiras de investimentos, uma vez que essas alocações foram feitas em momentos em que as remunerações destes ativos eram superiores às metas atuariais e/ou de investimentos.

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Fundamentos econômicos e desempenho de mercado
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dos investimentos
Boletim semestral elaborado pela Diretoria de Investimentos da Fundação Real Grandeza Ano VI - número 9 - Janeiro de 2017