O mercado de saúde, incluindo as modalidades de Operadoras de Saúde que atuam no mercado de Saúde Suplementar, tem passado por mudanças com o crescimento da população de beneficiários ativos, movimentação da distribuição de beneficiários e aumento das despesas assistenciais nos últimos anos.
Levantamento realizado pela área de saúde da Real Grandeza, a partir de dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mostra que, entre 2020 e 2021, houve um aumento de 32% nas despesas assistenciais nas Autogestões, como é o caso da Fundação Real Grandeza. Já nas demais modalidades, como Cooperativa médica, Filantropia, Medicina de grupo e Seguradoras especializadas em saúde, o aumento foi de apenas 24%. Ainda de acordo com o estudo, esse aumento ganha força no ano de 2021, supostamente com a retomada de atividades após a pandemia de Covid-19.
Outro dado que merece destaque é o movimento da carteira, grupo de consumidores atendido por determinada operadora de plano de saúde. Apesar do crescimento de beneficiários no mercado de saúde suplementar representar um aumento de 5% nos últimos dez anos (2012 a 2022), nem todas as modalidades de operadoras de saúde registraram aumento nas suas carteiras. No gráfico, a seguir, é possível observar que as Autogestões e as operadoras de Filantropia apresentaram redução da carteira. Com relação às Autogestões, houve uma perda de 25% da carteira nesse período, saindo de R$ 5 milhões de beneficiários, em 2012, para R$ 3,9 milhões no fim de 2022.
Atenta-se que as Autogestões , como é o caso da Fundação Real Grandeza, são as únicas modalidades a apresentar a combinação de aumento das despesas assistenciais e redução da carteira de beneficiários. Nos últimos dez anos as Autogestões tiveram um aumento de 139% nas despesas e redução de 25% na carteira de beneficiários. Já a modalidade de Medicina de Grupo, apesar do aumento das despesas assistenciais, obteve um aumento de 20% na carteira no período estudado.